segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Reflexão Filosófica: A Antropóloga


Não podemos negar a incansável busca do homem pelo conhecimento, claro alguns mais que outros, como já falamos aqui, mas enfim, nós buscamos entender o cosmos e seu arché através da mitologia, religião, filosofia e a falta de certeza do que é a arché nos traz um misto de fogo, água, ar, terra, tempo, uma mistura inegável da natureza com os medos humanos.
Com os anos fomos capazes de construir um universo comunicável, matemático, físico, químico, filosófico e com inúmeras outras ciências, porém não fomos capazes de nos mantermos imunes as especulações.
Heráclito seguiu a linha de raciocínio de que só é possível penetrar nos segredos da natureza se conhecermos os segredos do homem. Mas só com os sofistas é que passamos a realmente colocarmos o homem em enfoque.
Com o pensamento socrático obtivemos uma nova perspectiva, passando a perguntar-se “o que é o homem?". Tal perspectiva pode ser considerada como um dos meios da antropologia filosófica. Mas afinal de contas, o que é a parte da filosofia dedicada a antropologia?

O conceito é bem recente, surgindo do filósofo alemão, Max Scheler, o qual considerava a antropologia filosófica como uma ponte entre as ciências positivas e o metafísico.
Colocar o homem em primeiro plano, questionar o sentido da própria existência, esses meios de pensamentos são uma completa ruptora com qualquer outro ramo da filosofia.
É mais claro de se observar esses conceitos ao analisarmos as obras de Salvador Dalí, que involuntariamente questiona a existência de quem observa sua arte:

Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo

Pintura de Salvador Dalí - Fonte: Google Imagens 

O fato é que estamos em uma constante busca de si mesmo, para nós humanos a criatura mais prodigiosa da natureza não pode viver sem conhecer o sentido da sua existência, sua essência.
Nesse contexto trago a vocês um filme nacional de características bem peculiares, capaz de nos levar a um questionamento metafísico bem próximo ao imaginado por Scheler ao descrever a antropologia filosófica: "A Antropóloga".

Cena do filme A Antropóloga - 2011 - Fonte g1 

Temos aqui uma mistura de imaginação, com o medo do sobrenatural, os conhecimentos da cultura popular, e a ciência. É uma oportunidade incrível de observar como os questionamentos sobre o homem nos transforma e até onde somos capazes de chegar com nossas dúvidas. 

Referências:


Vaz, Leandro. Medium. A antropologia filosófica. Disponível em: <https://medium.com/@leonardo_vaz/a-antropologia-filos%C3%B3fica-468bff191afd>;

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