sábado, 28 de outubro de 2017

Todos podem, mas a poucos convém...


A filosofia é um processo de conhecimento, seja ele interior ou exterior, é o processo de dúvida, são os pontos de interrogações que criamos para tudo que não conseguimos explicar. A busca pelo conhecimento é o meio mais coerente a nos levar até a ela e a todos nós é dado o direito de buscar a infinitude filosófica, o conhecimento, mas é claro que nem a todos convém.
"Sempre foi assim, nunca vai mudar!", "pau que nasce torto, nunca se endireita", jargões aos quais nos limitamos para que não deixemos fluir nossa busca pelo conhecimento. Nós nos acomodamos em nossa realidade, nos privamos de pensar, preferimos a manipulação caótica do século das informações, o filtro de senso crítico foi desativado, a não procura por mudança nos afasta a cada dia mais da filosofia.  
Ser pensado parece que virou o lema do século XXI, seguimos os rumos que nos são impostos, e onde é que chegamos? Fique um pouco com essa pergunta em mente, descubra onde a falta de filosofia levou a ti mesmo e veja os rumos de nossa sociedade. 
Em meados do século passado o filósofo Karl Jaspers, deixou claro a falta que a luz filosófica faz a sociedade e o caminho a qual essa escuridão nos leva: 






"A política vem facilitando seu trabalho pela ausência da filosofia. Massas e funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão-somente usam de uma inteligência de rebanho, é preciso impedir que os homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo entediante. Quanto mais vaidades se ensinem, menos estarão os homens arriscados a se deixar tocar pela luz da filosofia."




A todo instante nascem novos inimigos da filosofia, os quais muitas vezes nem consciência de tal fato tem, somos nós, considerando nosso bem-estar meterial como única razão de vida, o ilimitado desejo de poder, de oprimir, aquele velho e novo fanatismo ideológico, estamos cada vez mais nos tornando atifilosóficos, e nem damos conta disso, estamos sempre muito ocupados, não temos tempo a perder, não é mesmo? Limitamos nosso conhecimento e nos tornamos hipócritas. Adormecemos nossa sede de conhecimento e continuamos a vida.  Podemos, mas nos esquecemos que somos também filósofos. 


A Medida do Tudo Daquilo que Nada Foi...


Ele deveria ter feito, mas tempo não achou,
Se perdeu em devaneios e frustrações,
Chorou pelos outros, lamentou por ser diferente.

Ele deveria ter ido, mas caminho não achou,
Entre sonhos, medos e esperança fez sua casa,
Sorriu para si mesmo, o outro ignorou.

Ele deveria ter tentado, mas chance não achou,
Invadiu a prestações os sentimentos alheios, não se importou,
Abraçou algumas almas e se sentiu superior.

Ele deveria ter errado, mas o certo não definiu
Riscou pelas metades, não perdoou falhas,
Culpou alguns, zombou de outros.

Ele deveria ser feliz, mas o pessimismo era acalento,
Tentou ajudar-se, desistiu no primeiro obstáculo,
Acordou, ele estava sonhando. 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Filosofia: A Interrogação Eterna


Somos filhos da dúvida, amantes da incerteza, irmãos das interrogações... Somos filósofos!

Nascemos aos prantos e já no primeiro ar que circula pelo nosso corpo nos enchemos de medo. E com esse medo caminhamos até a verdadeira infância, onde descobrimos que não há perigo no escuro, que brócolis não é ruim, que se perder nas alturas faz parte da vida e novas dúvidas nos são expostas.

A consciência humano nos leva a mares de incertezas, sempre, a dúvida gira o mundo desde quando o mundo é mundo, a própria certeza é incerta, as mudanças são diárias, a evolução é constante. E nesse momento é que vos apresento a FILOSOFIA, mãe de todas as perguntas, filha abandonada sem resposta, o que és tu?